Templates da Lua

sobre Carolina

"Sei que há em toda circunstância alguma espécie de dádiva que o meu coração, tantas vezes míope, não consegue enxergar bem, de longe. O tempo, aproxima as lições. A minha vida reverencia essa sabedoria. Não sei nada, na maioria das vezes não entendo nada... ... ... ... ... MAS EU TENHO FÉ."



diversos



MEMORIES


quarta-feira, 27 de julho de 2011

“Você deveria escrever cartas diárias.” Para quem? Pergunto, mas claro que a resposta não vem. OK. Eu devo escrever cartas diárias, ouviram? É minha nova terapia. Obviamente não vou estar mandando cartas para as pessoas, já que na verdade devo estar escrevendo as cartas para uma pessoa apenas, e assim ter uma linha lógica nas cartas – me deram a idéia de criar um email e mandar cartas para esse email, mas qual graça teria escrever cartas para mim? Tudo bem, eu vejo o sentido da coisa, porque eu não deveria lê-las novamente depois, apenas escreve-las, mas... Não.

Então eu vou tentar escrever as tais cartas diárias e publicar em um blog novo – um dia eu vou tentar lembrar quantos blogs já criei e abandonei. A lista deve ser grande.

Eu pensei em várias pessoas para quem poderia escrever cartas. Avó, irmã... Até meu Mentor, mas naaah... A ‘pessoa’ perfeita estava na minha frente, eu tinha acabado de ler a única coisa que tenho dela, então...

Surgiu o meu – mais novo, rá! – blog: 


Vai funcionar bem dessa maneira mesmo, cartas diárias contando – e principalmente cavando fundo onde há muita coisa soterrada, afinal é a idéia, HAHA – como andam as coisas da minha vida. 



Apenas respirando;

Sumi, não foi? As coisas não têm sido tão 'sutilmente simples' para mim, ultimamente. Vou sobreviver, é o novo mantra. Continuo com aquela crença de que a vida nos leva aonde devemos estar, empurra, faz você tropeçar... Mas te coloca lá, naquele lugar. Em 2011 sinto que dou dois passos pra frente e cinco para trás. Eu quero, quero muito algo e quando estou quase conseguindo... Ó, perdi. Não era pra ser, repito. Os meus eternos clichês morrerão comigo.

Acho interessante deixar registrado aqui – e torcer para que o blogger dure vidas – como estou nessa fase: Não estou. Ou talvez esteja, mas não sei dizer como estou. O que estou. Aonde estou. Se estou. Tem sido complicado, vai...

E tem essa questão do tempo... Chegamos em meados de 2011 e eu sinto – sinto mesmo – que já perdi o ano. É isso, 2011 'acabou' pra mim no quesito 'qualquer conquista nova' – e em qualquer área. É o que sinto, não posso mudar.

Amoroso? Estou cansada. Depois de anos, cansei.
Profissional? Concursos que me interessam tentam me levar para Brasília. Quero distância de Brasília, então terei que continuar com meu cargo público atual.
... Educacional? 8D Nhain, esse semestre não dá. OK: Não sinto a menor vontade. APATIA, teu nome é Carolina.

E até que não foi um ano tão ruim assim... Só que também não foi bom. Melhor: NÃO FOI. Nada. Nada. Hoje estou cheia de melodrama, viu? Abstraem, provavelmente semana que vem estarei feliz da vida. Inconstância, teu nome é Carolina.

Enfim: Vou sobreviver.

domingo, 17 de julho de 2011

Caio Fernando me entende.

Proibido (…) passear por sentimentos desesperados de cabeça para baixo, proibido emoções cálidas, angústias fúteis, fantasias mórbidas e memórias inúteis. 




quarta-feira, 8 de junho de 2011

Devaneios.


Bom, se por um longo tempo eu não me deixei 'sentir' nada, agora que me permito isso me deixa... devastada. HAHA É complicado. Enquanto você não admite que sente tal coisa, é como se aquilo não fizesse sentido e você não fosse atingida, né? Mas chega uma hora que você aprende que precisa lidar com os sentimentos e daí.. ferrou.

Então, ano passado eu lidei com todo o sentimento, mas com aquele mantra "preciso esquecer, não terei mais nenhuma chance..." "não terei mais nenhuma chance..." "não terei mais nenhuma chance..." /ad eternum

Mas esse ano... O Universo me deixou sentir o gostinho de PODER TER a chance.
Mas daí bate a insegurança: e se não der??!
Ou então: e se ter a chance e ainda assim não conseguir aproveitá-la?

Pffffff...
Não sei o que é pior: não ter a chance e pensar em como poderia ser.
Ou ter e não conseguir fazer valer a pena.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Penseira, Georgia

 "Se você pudesse voltar no tempo 10 anos, e se encontrar com seu 'eu-criança', o que diria?"

Eu tenho quinze anos. As pessoas olham para mim e não me vêem realmente, vêem o que está por fora, o que quero mostrar, o que quero que saibam, sintam, descubram. Somos todos assim, não é verdade? Ninguém poderá dizer que se mostra cem por cento para os outros, está na nossa essência nos preservarmos, nos guardarmos para si.

Então... Eu tenho quinze anos, voltando dez anos eu me encontraria sentada na calçada de minha casa, com os pés pendurados, pensando na vida. Eu tenho cinco anos e estou pensando na vida, eu não escondo minha verdadeira essência, ainda não aprendi que o Mundo não é fácil, ainda enxergo tudo com aqueles olhos otimistas que só crianças podem ter. Eu tenho só cinco anos e estou pensando na vida, você não entende? Tenho vontade de gritar para o Mundo que não deveria ter sido assim, ninguém viu o que acontecia com essa criança? Um suspiro. Um passo. Me aproximo.

Sento ao meu lado, e me encaro. O que vejo? A criança me olha e eu posso saber exatamente o que ela pensa, por que eu já fui ela, eu a entendo. Ela gosta do que vê, e isso me faz sorrir, mais ainda: tenho vontade de pegá-la no colo e protegê-la, quando ela pensa que gostaria de ser assim, quando crescesse. Ninguém fala nada, não é realmente necessário.

Voltando agora, eu penso que talvez devesse ter dito, mas não adiantaria, ainda não. Respirei fundo e me vi dois anos depois, agora eu já tinha sete. Olha, eu já tenho amigas e já aprendi a me esconder. Vêem? Sete anos e já não se vê mais a minha essência, já há reservas, fortalezas protegendo os sentimentos... Aprendi cedo, as pessoas só podem tocar a superfície.

Estamos em um ginásio de esportes, e eu sentada a vejo passar com mais duas crianças, viro para a pessoa ao meu lado e no exato instante que passo, digo – [b]Essa menina vai ser muito bonita quando crescer.[/b] – Nada modesto da minha parte, eu sei, mas sei também que lembrarei eternamente dessas palavras, eu sei que ela escutou por que virou para trás e me encarou, eu sorrio, ela sorri e continua seu caminho. Essa frase nada modesta vai ser servir como um apoio nos seus piores dias. Muito ainda está por vir.

Eu penso que isso deveria ser permitido, volta atrás... Não mudar fatos, história, mas poder voltar, se olhar... Se ajudar, entende? Com sete anos eu já sabia que vida social não era para mim e quatorze anos depois – oi, eu estou devaneando, posso ter um insight do futuro :-" -  minha mãe diria que o fato de eu ter sido criada afastada de outras crianças me deixara assim, 'reservada', segundo ela e eu vou pensar que não, não mãe, não foi a falta de convívio com outras crianças que me deixou assim... Foi justamente o convívio com elas.

sábado, 23 de abril de 2011

you to just desert me


Experiências que se repetem. E repetem. E repetem. O que há para aprender nisso? Qual a lição que preciso tirar disso tudo? Por favor, que o Universo seja claro e me conte, porque eu não estou conseguindo enxergar por conta própria. Acho tão incrível que sempre que me encontro numa ótima fase algo acontece trazendo de volta aquilo que sempre dói. E sempre vai doer.

Porque não posso simplesmente viver em paz?
Estou tão cansada, meu Deus.

E me pego dizendo que serei forte e não vou cometer os mesmos erros pela trigésima terceira vez,  mas o tempo passa, estou ótima e quando vejo, olha só, o trigésimo quarto erro. E igual.  Sabe, estou perdendo uma peça importante do quebra-cabeça. Aquela única que preciso para entender todo o resto do jogo.  Mas então me canso e jogo todas as peças para o alto, e fico bem, fico muito bem enquanto elas estão assim bagunçadas, escondendo a lacuna que existe. Mas o tempo passa e não dá pra ficar parada. A vida não fica, o quebra-cabeça lentamente começa a se montar sozinho novamente e quando vejo estou diante daquele vazio. Eu não sei o que fazer quanto a isso tudo, sabe?

Se eu finjo que não existe, o Universo me leva exatamente ao ponto que parei. Se eu tento seguir em frente, ele me deixa apenas por alguns momentos, me deixa ser feliz até eu estar no mesmo ponto outra vez. E se eu encaro de frente... Eu me canso. Esse não é um jogo que posso montar sozinha, eu acho.
Não sei o que fazer, realmente não sei.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ainda bem.

Crescemos sem perceber, não é? Mudamos. Nos adaptamos. Superamos. Algumas dores irão sempre doer, isso é fato, mas não com a mesma intensidade. Dói menos com o tempo. A gente supera. O coração pode parar de bater por dois segundos quando você encontrar com aquela pessoa, mas ele volta a bater normalmente depois: Parabéns, agora ficou só a lembrança do quanto foi bom, e um espaço novo para que outrem descompasse o ritmo das batidas.

Acontece.
Ainda bem.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ter sensibilidade; ter alma sensível.

Sempre fui da opinião de que para escrever você precisa sentir. SENTIR.

sentir - (latim sentio, -ire, perceber pelos sentidos, perceber, pensar)
v. tr.
1. Perceber por um dos sentidos; ter como sensação.
2. Perceber o que se passa em si; ter como sentimento. = experimentar
3. Ser sensível a; ser impressionado por.
4. Estar convencido ou persuadido de. = achar, considerar, julgar, pensar
5. Ter determinada opinião ou maneira de pensar sobre (algo ou alguém). = achar, considerar, julgar, reputar
6. Conhecer, notar, reconhecer.
7. Supor com certos fundamentos. = conjecturar!conjeturar, prever
8. Aperceber-se de, dar fé ou notícia de. = perceber
9. Ter a consciência de. = perceber
10. Compreender, certificar-se de.
11. Adivinhar, pressagiar, pressentir.
12. Conhecer por certos indícios. = pressentir
13. Ouvir indistintamente. = entreouvir
14. Experimentar mudança ou alteração física ou moral por causa de. = ressentir
15. Sofrer as consequências de.
16. Sentir tristeza ou constrangimento em relação a; afligir-se por. = lamentar
17. Ressentir-se, melindrar-se ou ofender-se com (algo).
18. Bel.-art. Ter o sentimento estético.
19. Bel.-art. Saber traduzir por meio da arte.
v. intr.
20. Ter a faculdade de sentir.
21. Ter sensibilidade; ter alma sensível.
22. Sofrer.
v. pron.
23. Experimentar um sentimento ou uma sensação.
24. Ter a consciência de algum fenómeno ou do que se passa no interior de si mesmo. = reconhecer-se
25. Apreciar o seu estado físico ou moral. = crer-se, imaginar-se, julgar-se, reputar-se
26. Tomar algo como ofensa. = melindrar-se, ofender-se, ressentir-se
s. m.
27. Sentimento, sensibilidade.
28. Maneira de pensar ou de ver. = opinião, entender, parecer

As palavras só brotam quando você se permite sentir ou que se permita escrever o que sente. Passei um bom tempo – e acredito que ainda me encontro nessa fase – sem sentir, ou sentindo tanto que um emaranhado de sensações me nublavam os sentimentos. Acordei sentindo, essa manhã. Uma leve tristeza, nada grave, por tudo que deixou de ser. O que poderia ter sido, mas não nesse tempo, não nessa vida.

As reticências. (...) 

Sou extremamente curiosa com o futuro, o que me leva volta e meia a esquecer do presente. Mas uma consideração: Sempre quando penso no futuro, penso no exato momento em que olharei para trás vendo todas as peças do quebra-cabeça encaixadas. Como se apenas naquele instante eu pudesse compreender tudo que se passou aqui. O passado.

Hoje sinto essa tristeza e até uma leve vontade de chorar.
Sinto saudades.

(como diria Renato: de tudo que ainda não vivi)


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

talvez sim, talvez não;

Afinal o que é o amor? 
Será que não é apenas uma extensão de nós mesmos, quando nos permitimos nutrir algo por outra pessoa que desperta. Preenche. Alerta. Mas faz isso com a gente e dentro da gente, então será que não amamos o que a pessoa nos faz sentir? O que ela nos torna, nos lembra, nos revigora. 

Talvez sim.Talvez não. 

Mas talvez o amor seja algo nosso mesmo, no final das contas. O verdadeiro, no caso. Nos amamos tanto que transborda e atinge outra pessoa. Aquela. E quando se transforma? Porque nunca acaba, mas transforma. Não somos os primeiros a nos ver longe do outro? Talvez porque nosso amor esteja mudando de visão, crença, sentido. Estamos sempre em constante evolução e precisamos seguir por tantos lados. Nem todos podem nos acompanhar em todos os caminhos, não é mesmo?

Parece tão triste. 


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A gente espera do mundo e o mundo espera de nós;


Existia uma época em que eu vivia sem expectativas. Me era natural, sabe? Não esperar por nada nem ninguém, apenas continuar respirando. Só que sempre surge alguém que te faz ver o mundo de outra maneira, e pronto: ferrou, você passa a ter expectativas diante da vida.

Não acho que é do nosso direito isso, não devemos esperar nada de ninguém, além de nós mesmos, não é justo colocar esse peso do ‘nosso querer’ nas costas de outro, é? Mas o mais incrível é que mesmo sabendo disso, não consigo controlar, e a pessoa, pobre... Como lidar com as expectativas que esperamos dela? Ela provavelmente nem sabe desse fato, e claro que acaba errando – no nosso ponto de vista, claro – mas ela nem sabia que esperávamos algo diferente.

As pessoas esperam de nós, nós esperamos das pessoas, e ainda queremos entender porque o mundo é tão frustrante. Tenha dó, vida.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Tudo pra mim faz sentido, se não tem: eu acho.

Tudo pra mim faz sentido, se não tem: eu acho.

Digitei essa frase hoje pela manhã, e tive que rir da sua sinceridade. Me considero uma sagitariana típica, e acho que é do ser sagitariano essa busca pelo sentido de tudo, e é justamente aí que se encontra nosso otimismo que consegue motivar tantas coisas e pessoas. A gente consegue, sabe? Basta querer mesmo e pá, surge a oportunidade, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Tudo bem que, com Sol e Marte em harmonia no meu mapa astral, pra mim isso é meio que... certo. Mas enfim, a idéia nem é falar de astrologia hoje, e sim de como eu consigo achar um sentido motivador em todas as coisas que me cercam.

Não passei na UEMG, e como twittei ontem pela tarde: Meu EGO ficou um pouco sentido, afinal ‘não conseguir’ algo, é meio doído, mas uma grande parcela do meu ser – a que importa – entendeu como uma realização. Foi uma conquista. Movi montanhas para conseguir ir para BH fazer a prova. Cheguei lá: quis vir embora na mesma hora. E essa sensação continuou até eu terminar a prova. O que era isso? Talvez eu já soubesse que não era pra ser.

E não foi, e agradeço por isso, já que no início de janeiro eu decidi não ir, e foi um alívio decidir isso. Talvez eu estava sendo covarde, medrosa – era o que eu achava até ontem – mas depois desse resultado, como não pensar que na verdade minha Alma já sabia do resultado e queria que eu colocasse os pés no chão, e começasse a querer viver AQUI?

Como eu já havia decidido não ir, independente do resultado, se eu tivesse passado, passaria minha vida pensando em como teria sido SE eu tivesse ido. Mesmo que fosse uma droga, eu não saberia, certo? E o não saber sempre torna as coisas magníficas, ilusórias. 


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Saturno – Nossos medos e nossos dons;

Acredito que quem passa por aqui deve saber dessa minha... fascinação pela astrologia, e tantos outros ‘mistérios’ da vida. Mas enfim, passando pelo blog do Yub, alguns dias atrás, fui dar uma lida pelos cursos que ele oferece e me deparei com o seguinte:

“Costumo perguntar para as pessoas: qual é o seu maior medo? Aquilo que mais se sente inibido(a) e receoso(a) de lidar?

Depois de ouvir as respostas, eu faço outra pergunta: qual é a sua maior ambição? Aquilo que você mais sente vontade de realizar na vida?”

Respondi as perguntas conforme fui lendo de forma espontânea, e tal qual foi minha surpresa a entender o que Yub dizia em seguida: de que as respostas eram os dois lados de uma mesma moeda.

Simplifico: Aqueles que me conhecem há algum tempo, sabem da minha vontade de cair no mundo, abandonar minha cidade natal, enfim, ser independente, morando bem longe daqui. Isso é de fato o que mais quero, aquilo que sempre quis, posso até dizer assim. Acontece que a resposta à primeira questão é exatamente a resposta que me levou a abandonar a idéia de me mudar para Belo Horizonte – conforme descrito ao lado, prestei vestibular na UEMG em dezembro do ano passado – que é a insegurança.

Meu maior temor é a insegurança. Simplesmente não consigo me ver abandonando tudo o que tenho aqui – lê-se: um emprego estável, passei no Concurso Público ano passado e assumi meu cargo em dezembro – e partindo para uma nova vida que eu não teria a mínima noção de como seria. É nesse momento que começo a rir, porque ao mesmo tempo que não me vejo abandonando tudo e indo viver aquela vida, é bem isso que mais quero e desejo. Claro que quem acompanha o blog sabe que antes de eu prestar vestibular – mesmo já sabendo ter passado no Concurso Público – eu estava decidida a arriscar, mas sou obrigada a admitir que eu sempre desejo muito as coisas antes de alcançá-las, mas quando as consigo, elas já não parecem mais tão... tentadoras.

Resumindo: Meu maior desejo é deixar essa cidade para trás, mas meu maior temor também é esse. Algo me diz que estou ferrada, não?

Mas sei também – e já analisei essa resposta muitas vezes, conversando comigo mesma e descobrindo que ela é realmente verdadeira – que eu não arrisco ir para BH por causa da estabilidade financeira que tenho aqui. Não que meu salário nesse novo cargo seja tão grande assim, mas simplesmente por eu ter um salário: Estou segura que terei um pagamento em minha conta todo mês, coisa que eu não tinha idéia de quando/e como iria acontecer em Belo Horizonte. Já disse várias vezes para a , que eu não consigo me imaginar pedindo demissão de um emprego estável, sem ter a segurança de que terei outro logo em seguida. É aquela coisa: Não solte de um cipó, sem já ter agarrado outro.

Bom, é aí que entra o Curso: Saturno – Nossos medos e nossos dons imagina se eu não iria fazer o curso, hein? – Na primeira aula, Yub escreveu o seguinte: 

Em outras palavras, considero fundamental no início de nossa dinâmica saturnina averiguarmos, lembrarmos, rememorarmos, até que ponto as experiências que seus pais tiveram (ou ainda têm, caso estejam vivos) puderam e/ou podem ter provocado efeitos estruturais sobre a sua postura atual de lidar com aquilo que Saturno tende a representar, simbolizar, significar pra você.”

É aí que entra meu Saturno em Capricórnio na Casa I e as questões que Yub me fez na primeira aula sobre como meus pais lidam com o desconhecido, com o novo, o inesperado, os novos projetos. Se sentem receio de se expor, de se mostrar e de se auto-afirmar.

Bom, eu não diria exatamente que eles possuem esse tipo de receio, quero dizer: não de forma espontânea, mas acontece que a maioria dos ‘novos projetos’ que tentaram na vida – e acreditem, já tentaram de tudo – não deram certo. Então com a idade eles realmente desenvolveram um certo ‘pé atrás’, por medo de dar errado e perder tudo novamente, e ter que começar do zero. Então agora eles preferem viver a estabilidade que conseguiram, com medo de dar um passo em falso, digamos assim. Na verdade, pensando bem, acho que seria algo assim: Meu pai quer arriscar, tentar a sorte, mas minha mãe é o ‘freio’, ela prefere garantir o que já possui. É feio dizer que meu pai quer, mas minha mãe não deixa ele fazer, né? HAHA, mas é mais ou menos por aí.


E também como lidam com as figuras de autoridade, aquelas pessoas que tem um certo ‘reconhecimento’ social e/ou profissional. E principalmente: COMO encaram o trabalho.

A parte das figuras de autoridade eu não consegui definir muito bem, quero dizer: Meus pais encaram isso de forma diferente. Enquanto meu pai não se importa com o ‘status’ social de ninguém, minha mãe gostaria de ter certo status. É meio complicado me expressar, mas colocamos assim: todos os meus tios – irmãos da minha mãe – possuem certa riqueza, enquanto que ela – nossa família – é mais pobre, digamos assim. Sei que ela se ressente por isso, mas não chega a ser inveja, é mais uma forma de questionamento ‘porque eles têm, e eu não?’ então ela reflete isso em nós – os filhos – quando conquistamos algo ou somos reconhecidos por algo em nossos trabalhos ela se orgulha muito disso. Compliquei?

Quanto a parte de como eles encaram o trabalho, posso dizer que cresci – e entenda ao pé da letra - ouvindo meus pais – principalmente minha mãe – falando da importância de  trabalhar, na minha infância eu já sabia que assim que completasse dezesseis anos eu precisava arrumar um emprego. E claro que foi assim, completei dezesseis anos em dezembro de 2004 e em janeiro de 2005 eu já estava trabalhando, porque eu sabia que era isso que esperavam de mim. Então eles dão realmente muita importância a isso, um filho que não trabalhasse, ou que mudasse muito de emprego, seria de certa forma uma decepção para eles.

Bom, não sei se ficou claro para quem está de fora, acho que você precisa entender’ ‘saber’ ‘viveraquilo para poder ligar os fatos. Às vezes as coisas estão diante de nós, mas simplesmente não conseguimos - ou não queremos? - enxergar, só que isso faz com que nos afastamos do que realmente somos e acabamos perdendo a chance de conhecer aquela pessoa com quem sempre poderemos contar: nós mesmos.


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A vida não erra.


Depois de um tempo – não diria idade, pois acho que não importa a idade, o tempo é outro, o desenvolvimento pessoal é outro, não pode ser contado em anos – você meio que entende que a vida não erra.

É, bem isso: A vida não erra. Sempre acreditei em destino, e se uma parte de mim acredita que não importa como, eu vou parar exatamente onde devo parar, outra parte acredita – também – que o primeiro passo depende de mim. A gente quer que a vida nos leve, mas estamos tão parados, tão desnorteados. Nos leve para onde? Ah, não sei qual é o meu Destino.

Eu entendo. E acredito que temos que dar o primeiro passo ‘o que não dá é para ficar parado’, como o nome do meu álbum de fotos da minha primeira viagem de verdade.

Acontece que estou naquela fase que não sei que direção seguir. Dou um passo para qual caminho? Não faço a mínima idéia. Quero ir para aquele lado, mas algo me prende ‘não é a hora’, OK. Não é a hora. Mas o que vou ficar fazendo até chegar a hora? E se eu tiver compreendendo tudo errado? Daí ferrou. É, ferrou.

Mas como tem aquela parte de mim que acredita que se você não anda, a vida te empurra, estou meio... acomodada. Pelo menos por esse ano, ok? Acho que passei todos os meus anos planejando o que eu iria fazer no futuro: “Quando eu sair de casa eu vou ser feliz. Quando eu passar no vestibular eu vou sair de casa. Quando eu me mudar eu vou...”

Meu Deus, Carolina! E o presente, como fica? Conversei com a Jú semanas atrás, e comentei isso: É o mal do sagitariano, e a gente se apega a isso: Queremos o que está láááááá. Sem perceber que quando chegarmos lá, os problemas que estamos ‘evitando’ de encarar aqui, estarão lá também. Nos acompanharão até estarem resolvidos.

Então, nesse 2011 não darei nenhum passo – e às vezes me parece que isso me fará ir tão longe quanto nunca fui – ficarei aqui, vivendo o que a vida me trouxer. Sem planejar nada – exceto duas viagens. Estarei aqui, comigo, vivendo nessa cidade. Vivendo o momento nessa cidade, porque se eu não gosto de viver aqui, será diferente quando eu morar em outro estado? Talvez nas primeiras semanas, e depois tudo volta a ser como aqui. Ou não.

É mesmo, não tenho como prever. Mas como diz minha mãe: ‘seguro morreu de velho’ e acho que preciso me curar aqui, para dar o próximo passo. E eu nem tenho grandes problemas não – não, não estou em fase de negação – meu único problema é viver esperando pelo futuro. E ele nunca chega, é óbvio.

Hora de viver o presente, Carolina.
Em 2011, eu vou viver comigo, o meu presente.
O que eu vou viver? Não faço a mínima idéia, mas estamos aí para ver.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

e blá blá blá.


Nós, humanos, somos incríveis. Ontem aconteceu algo comigo. Ou já vem acontecendo faz tempo, mas não havia chegado ao meu consciente, quem sabe? Mas enfim, quando alguma coisa desse tipo acontece, o que você faz? Não conta para (quase) ninguém. O que é bem engraçado, porque antes de acontecer você pensa em como seria legal isso, e blá blá blá.

É legal, claro. Só que antes de acontecer, esquecemos de pensar que também pode ser assustador. Pensar em como seria é diferente de viver aquilo. De ser.  

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Se perdem, simples assim.


Uma coisa que nunca consegui aceitar – e acho que é a opinião da grande maioria – é o fato das pessoas se perderem. Se perdem, simples assim. Não é estranho que aquela pessoa que fez parte da sua vida – nem que por apenas alguns dias, semanas, meses – de repente se vai e não se falam mais? Eu sei que algumas atitudes nos afastam, eu – melhor do que muito gente – sei disso, e até faço isso por conta própria, muitas vezes. Mas nunca vou cansar de falar sobre minha tristeza com o fato.

Temos tantos caminhos pela vida, tantos para seguir, tantos para deixar para trás, e entendo que não dá para levar todo mundo junto, que alguns ficam sim para trás, e que, bem... ‘foi melhor assim’, entendo todos os motivos, mas não aceito. Daí, em dias como o de hoje me pego pensando: Você não sente falta? Das conversas, das risadas (...) Como pode não sentir falta? E nem falo de sentimento, porque sentimento acontece, passa, volta, passa, se vai. Sentimento é outra coisa, não tem nada a ver com a história.

Eu falo é da presença, é das lembranças, e sim, temos que ter outras pessoas, outros amigos, e ir preenchendo o que vai sendo deixado para trás, mas sou eu, certo? Nunca vou deixar de lembrar e nem de ficar triste pelo fato. E me pego pensando que de todos, você é o que eu não queria me perder, e é a escolha mais aleatória, não?

O tempo não volta.
Mas lamento por tudo.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

E agora?

O impossível sempre me encantou, sempre me motivou a torná-lo possível, não sei, talvez seja a Alma sagitariana em busca daquilo que não pode ter. Mas e quando você consegue, Centauro? Porque você sempre consegue. Bom, correção: 

Sagitário chega até a vislumbrar a linha de chegada, mas ele pára metros antes de alcançá-la. Ele simplesmente sabe que pode dar mais alguns passos e chegar até ela, e essa certeza, o desmotiva.

Isso me incomoda, porque parece que sempre estou indo em direção de um caminho, para nunca chegar realmente ao fim dele. Afinal: Porque andar mais uns passos nesse caminho e finalizá-lo, se posso pegar esse atalho aqui, que me levará a um caminho totalmente novo? Esse é o raciocínio do Centauro. Depois de vinte e dois anos, eu começo a me incomodar com isso.

Vou ser mais clara: Belo Horizonte é possível, tão possível que simplesmente me desmotivou. Eu ainda quero ir embora, eu ainda quero entrar pra ED, mas é como se uma mão invisível estivesse me segurando, enquanto sussurra: Calma, ainda não é a hora.

Sol e Ascendente em Sagitário me torna uma otimista nata, mas a Lua em Virgem gosta de manter os pés no chão, e de repente começo a ver toda a mudança com um olhar mais... realista. Medo, será? Quem sabe. De repente me vejo querendo aproveitar um pouco mais o que tenho aqui, para ter um pouco mais de segurança depois.

SE-GU-RAN-ÇA. Essa é a palavra chave. Não me sinto segura para ir, para abandonar meu novo salário! Poxa, é doído isso, HAHAHA. Mas ainda fica aquela dúvida: Carolina, você vai se arrepender amargamente cada vez que acontecer algo que te desanime, nesse 2011. Pode ser. Tenho certeza que me arrependeria se estivesse lá, também.

A questão é que eu sempre posso ir embora, OK, pelo certo eu sempre posso voltar também, mas não é sempre que você consegue passar num Concurso Público sem muito esforço, sabe? Me deixa aproveitar esse ano, Consciência.


Ps.: Hoje é dia do Astrólogo! Como eu disse para Daila: O que seria da minha vida, sem eles?!