Templates da Lua

sobre Carolina

"Sei que há em toda circunstância alguma espécie de dádiva que o meu coração, tantas vezes míope, não consegue enxergar bem, de longe. O tempo, aproxima as lições. A minha vida reverencia essa sabedoria. Não sei nada, na maioria das vezes não entendo nada... ... ... ... ... MAS EU TENHO FÉ."



diversos



MEMORIES


sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Vá em paz, 2010.

2010 foi meu ano de conquistas, fiz um semestre de Design Gráfico, conheci gente diferente - EEEEEEEEEEEEE, e que não eram virtuais! - resolvi prestar vest na UEMG, abandonei DG, fiz cursinho, conheci mais gente, me aproximei mais de gente que eu já conhecia, no meio disso tudo descobri que estava amando - e também estava perdendo quem amava - MUDEI.

Quem me conheceu antes, beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem antes, sabe que 2010 foi meu ano mais.. paz & amor que já tive.

Bom, e fui pra MIIIIINAS!

Então, bem.. Meu 2010 foi ótimo, eu aprendi muita coisa, espero ter conseguido ensinar algo para alguém - o mínimo que seja - espero ter estado presente quando alguém quis minha presença. Espero não ter causado feridas permanentes em ninguém, ou magoado alguém.

Deixo 2010 para trás com a certeza de que fiz o máximo que pude, fui até aonde eu deveria ter ido, quebrei a cara inúmeras vezes, quase desisti outras tantas, e ainda assim: Fiz o que devia ter feito com meu 2010. Deixo 2010 sem arrependimentos.

E começarei 2011 cheia de esperança.

Em 2011, eu espero conhecer Bibi, Aleh, Rê, Fubããão, Jan, Suh, e me reencontrar com Bells, Jubs e Lety.
Espero mudar de cidade, quem saber BH? xD
Mas se caso não der, espero me encontrar, seja qual for o meu lugar.

Espero AMAR mais. Fundamental isso: Quero AMAR mais. E se não for pedir demais, 2011, eu quero ser amada. (podemos ser até aquele tipo de casal idiota que fica discutindo pra ver quem ama mais, eu nãããão ligo mais pra isso! somos idiotas-bobos quando amamos, mas não importa... Somos FELIZES, por isso)

2011, venha cheio de novas mudanças, novas risadas, que as lágrimas derramadas sejam realmente necessárias, me traga muitos amigos e me ajude a continuar cultivando os bons e velhos amigos.

2011, me dê força. Energia. CERTEZA sobre a vida. Me faça sonhar, planejar... E perseverar até conseguir. Me ajude a Evoluir.

Por favor, 2011, seja bom, seja MUITO BOM!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cartas para Julieta;

“ 'E' e 'Se' são duas palavras tão inofensivas quanto qualquer palavra. Mas coloque-as juntas, lado a lado, e elas têm o poder de assombrá-la pelo resto de sua vida.

E se?... E se? E se?

Não sei como sua história acabou. Mas se o que você sentia na época era amor verdadeiro, então nunca é tarde demais. Se era verdadeiro, então, por que não o seria agora? Você só precisa ter coragem para seguir seu coração.

Não sei como é sentir amor como o de Julieta, um amor pelo qual abandonar os entes queridos, um amor pelo qual cruzar os oceanos. Mas gosto de pensar que, se um dia eu o sentisse, eu teria a coragem de agarrá-lo.
E se você não o fez, espero que um dia o faça.

Com todo o meu amor,

Julieta.''

Acabei de ver o filme Cartas para Julieta, - devido a recomendação da Mari ;) – e ainda estou inebriada com a história. Sabe aquela sensaçãozinha boa, depois de ver uma história de amor? Pois então, AMOR é a solução para todos os nossos problemas, para nossos dias amargos, estressantes, complicados...

Dias atrás, disse que meu único pedido para 2011 seria essa palavrinha mágica: Amor. O que importa se você se incomodou o dia todo no trabalho, brigou com a melhor amiga, recebeu uma dura crítica do patrão que acabou com seu ego e acabou perdendo as chaves de casa, se você pode pegar o celular, digitar aquele número que você sabe de cor, e falar: “Tive um dia péssimo!” E do outro lado da linha escutar: “Estou indo te ver.”

Precisamos dessa dose diária de amor para conseguirmos sobreviver à vida. Não é mentira quando dizem que o amor supera tudo, de fato: ele nos faz superar. Nada realmente é importante quando você tem alguém que ama de verdade ao seu lado, não é?

Bom, na verdade não sei, mas preciso acreditar que sim, que se me fosse permitido estar com alguém agora – que eu amo – tudo seria pouco perto do que eu sentiria a cada dia. Então é isso: Deixo aqui meu desejo para o mundo: AMOR. Que 2011 seja repleto dessa palavrinha.

Possibilidades da vida;

Ontem a noite, deitada na cama, pensei em algum post para o blog – coisa que tenho feito todas as noites, acontece que me esqueço ao acordar. Dica para 2011: Levar meu bloco de anotações para a cama. Enfim, comecei a pensar nas vidas que temos.

Sim, vidas. Temos várias vidas dentro de uma vida – por assim dizer, a que vivemos – e pensei como seria se todas as possibilidades que nos surgem dessem certo? Como seria se você namorasse, noivasse e casasse com o primeiro cara que gostou de verdade? Aqui, cheguei a conclusão de que se essa possibilidade tivesse dado certo, eu teria perdido grande parte da minha juventude. Não sei porquê, mas pensei que hoje seria amargurada. Quem sabe?

Continuando: Como seria minha vida, se por acaso eu tivesse cedido as vontades de meu pai, de não fazer minha cirurgia nos olhos? Isso é tão complicado de imaginar, que nem sei como eu estaria agora. Então prefiro pensar que de qualquer forma, eu teria feito – como fiz, EEEE. Depois, segundo, terceiro cara que gostei de verdade. Bom, não teria dado certo com o segundo, e o terceiro? Sabe aquela possibilidade que parece que nunca se vai, realmente? Que dá voltas e voltas, como se... Deixa pra lá. O terceiro cara é uma incógnita.

Depois o quarto, que foi mais um encontro espiritual do que físico – bom, nada de encontro físico, na verdade, mas foi intenso. Dois meses intensos. Espiritual. Eu tenho certeza que teria dado certo, como se já tivesse dado certo muito antes, sabe? Mas dessa vez não é pra ser dessa forma, então continuamos em frente.

A questão é que tenho pensado nessas possibilidades de vida, por causa de Minas Gerais. Eu sei que vou, carrego isso dentro de mim, e não me perguntem como sei – mas também sei que vou querer dar meia volta assim que pisar em solo mineiro, outra vez. Ficarei com medo, é fato. Cerca de 1370km longe de casa, longe da cidade que sempre gritei aos quatro ventos que detestava, mas que... Bem, é minha cidade. Eu também sou parte dela.

Acontece que eu levarei daqui um pouco de tudo. Essas possibilidades de vida, os ‘sim’ que eu não dei, os ‘não’ que quis dar e não consegui, os sorrisos que roubaram de mim, assim como as lágrimas... Tudo isso levo comigo, assim como todas essas vidas que me pertencem. Sou uma, mas dentro de mim existem tantas Carolinas, e é a união delas que me torna o que sou. A que quer ir, a que quer ficar. A que vai. E acho que é à isso que tenho que me agarrar agora, nas possibilidades, em todas as que já passaram por mim e descartei em algum momento, porque não me convinham.

É isso, sabe? No final das contas, o futuro já foi decidido muito antes de você se lembrar de quem é, agora é só saber escolher.

Tenho medo de escolher a opção errada.
Mas me diga: Quem não tem?

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O motivo certo?

Faz dias que estou ‘travada’. Não consigo escrever, não consigo nem expressar o que sinto. Sabe aquela confusão que chega e ocupa todo o espaço, como se fosse dona da casa? Pois então. O resultado da UEMG saiu antes do esperado, de duzentos e vinte e um candidatos para Design de Produto – Noturno – fiquei em qüinquagésimo segundo lugar. Levando em consideração o pouco que estudei – confesso que em Novembro eu até me esforcei, mas era novembro já – e sabe o que é? Vou ser chamada na 2ª chamada. Eu sei que vou.

E não, não estou sendo otimista nem nada, é apenas um fato, no último vestibular chamaram até o qüinquagésimo sétimo, então... Mas bem, não é isso que importa agora. Estou novamente anestesiada de sentimentos. Como eu costumo dizer: Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

Tenho medo de me mudar para outro estado, cerca de mil e trezentos quilômetros de distância? Mas é claro! Largar um cargo público recém adquirido, aliás tomei posse ontem, ONTEM, e pelo jeito que vai, pedirei exoneração início de fevereiro. 2010 fui um ano lento, com as mudanças acontecendo gradativamente, e 2011 está afobado, querendo que tudo vire de cabeça pra baixo e – pelo visto – não quer que eu fique confusa com tudo isso.

Mas serei sincera: Não é ir para BH que me preocupa, e sim o motivo pelo qual estou indo. Eu sei que já me ‘disseram’ que é isso mesmo, que se quero mesmo, se o motivo é mesmo esse, a chance que tanto pedi está lá. Mas e se não der? Estarei em outro estado, sendo obrigada a começar do zero, sem aquele meu motivo que me impulsiona a querer tudo isso. É disso que tenho mais medo, sabe? De perder isso.

Eu sei que ficando aqui é impossível de dar certo, também sei que detesto tudo aqui, tenho poucos amigos aqui, e quem eu quero, não está aqui. Nada me prende aqui – exceto uma família protetora, que amo tanto quanto me estresso com eles. Mas como Rilbert me disse essa semana: “Uma hora você terá que sair da casa dos pais.”

A hora chegou.

E eu estou apavorada.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Diante da encruzilhada;

Adoro esses meus dias de felicidade extrema. Sabe quando você acorda e simplesmente acha que tudo vai se resolver, não importa o caminho que tome? Essa sou eu hoje. Respiro fundo e a única coisa que me vem à mente é isso: Certeza. Uma certeza da vida, de planos, da felicidade.

Mas sendo eu, claro que fui buscar lá trás alguns motivos para tudo isso, e claro que encontrei – eu sempre encontro. Daí eu paro e penso: Mas será?

Quando me decidi pela UEMG, de certa forma tinha um significado oculto, Belo Horizonte sempre me atraiu por um motivo especial e foi esse motivo que me impulsionou a dar o primeiro passo. Claro que os outros passos tiveram impulsos diferentes – a vida te empurra, por bem ou por mal – e então quando eu volto e estou quase desanimando, lá vem e me desperta. O mesmo motivo que me fez dar o primeiro passo, agora me faz querer seguir adiante.

Eu quase posso garantir que é pra ser mesmo, que a vida está me levando para Minas Gerais por algum motivo que eu ainda não sei o que é, mas ela vai fazer de tudo para que eu chegue até lá. Então me diz: Chegamos a algum lugar sem dever? Difícil acreditar que as peças não se encaixam no final. Porque eu só consigo olhar para trás e ver várias peças encaixadas, enquanto outras ainda estão esperando a peça-chave.

Mas não importa, sabe? Hoje estou naquele estado em que encontro solução para tudo e o otimismo está impregnado em cada centímetro da minha Alma. Estou exatamente onde devia estar, indo para aquela direção por um motivo. E se eu não passar? E se não der? E daí? Ninguém disse que o caminho era certo e reto. A questão é que não damos um passo sem razão e meu 2010 teve tantas curvas que quase me perdi, mas consegui chegar até a encruzilhada.

Diante de mim estão dois caminhos distintos, e eu ainda não sei qual direção vou seguir, mas quem afirmou que esses dois caminhos não se tornam apenas um, mais adiante? Os dois são bons, e agora é só questão de esperar e sentir. Eu não usarei a razão para essa escolha, porque ela não me pertence desse modo, essa será uma escolha da Alma. Ainda bem que será assim.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Relação que não existe, mas nunca acaba;

Ah, os amores... Passei tanto tempo da minha – ainda curta – vida rejeitando qualquer tipo de sentimento que poderia me considerar ‘sensível’, que quando finalmente o coração me sacudiu, não larguei mais. Sabe, acho que foi isso que aconteceu: Meu coração viu uma chance de ter algum sentimento verdadeiro e resolveu agarrar com as duas mãos e nunca mais soltar. Engraçadinho ele, viu?

Acho que nunca vou entender o que se passa entre mim e um outro ser, tão idiota que me faz amá-lo assim, com idiotices – e digo, caro leitor, que enquanto escrevo isso estou com um sorriso bobo no rosto, lembrando de todas as besteiras que aquele idiota – meu idiota – já me fez rir e, bom, chorar. E como me fez chorar! Devo ter passado 2010 chorando por ele. E rindo por ele, também. E cada sorriso arrancado vai silenciosamente apagando todo o resto.

Daí eu me pergunto – O que é isso? Significado, por favor? Não saber é um martírio para mim. Eu preciso estar em constante aprendizado e em constante busca, e muitas vezes já cheguei a pensar que é isso que me prende aquele ser: O inatingível. (porque sou a primeira a admitir que quando ele estava acessível, não tinha muita graça não.)

Algumas coisas na vida são eternos pontos de interrogação, sei lá, talvez não devamos entender aquilo, talvez a resposta esteja tão lá trás – vidas e vidas atrás – que não é hora, não é a consciência certa. Bom, eu entendo, mas isso não significa que eu vou deixar de procurar entender e de fazer teorias, e acreditar.

Afinal: Porquê? Com tantos humanos por aí, porque amamos um? Porque aquele um? O que ele tem que os outros não tem? Alguns outros melhores, afinal, convenhamos, sempre tem alguns melhores que o atual namorado, ficante, ou whatever que temos pela vida. Então porque gostamos daquele e não de outro? Ah, não acredito que o coração tenha orelhas tão grandes a ponto de impedirem sua visão, não acredito em sua burrice. Talvez isso mesma seja uma burrice, nunca disse que eu era – e nem direi que sou - perita quando o assunto é coração.

Mas tentamos, certo? E eu, enquanto tento, acredito que deve ter um significado. Talvez você precise sofrer, perder, chorar. Quem disse que não? Se a vida fosse um mar de rosas não haveria evolução, prático. Então aqui estamos: Amando, sofrendo, deixando de lado, voltando a amar, OK, OK: Amamos uma vez amamos sempre, preciso acreditar nisso enquanto ainda não achei o significado de toda essa relação que não existe, mas nunca acaba.

Por fim, um pedido, um desejo: Quero mesmo que – não importa como – isso tudo signifique algo. Um degrauzinho na evolução, um entendimento maior das coisas da vida, não importa mesmo, só precisa valer a pena. Quero que daqui uns vinte anos eu olhe para trás e diga: “Mas não é que aquilo significou algo, no final das contas?

Significará.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

2011, o que você quer de mim?

Nunca vou cansar de me surpreender com a vida. Sério. Já disse que 2010 foi o ano das mudanças? Pois então. Acontece que a vida muda e você nem percebe. Sabe dois meses atrás? Eu tinha tantos planos! E me tinham em alguns planos, também. Dois meses atrás eu programei meu final de ano, ‘programei’ entre aspas, na verdade, porque eu sabia – a gente sempre sabe – que seria muito difícil dar certo. Não deu mesmo, mas pelo último motivo que eu poderia esperar: Mudança de planos.

Mas isso não vem ao caso, acontece que dois meses atrás eu pensava que não teria férias entre Natal e Ano Novo, já que a única semana que eu tinha direito, iria pegar – peguei – para passar em Belo Horizonte. Daí OK, chego aqui hoje, depois de uma semana de ‘férias mineiras’ e me comunicam que entraremos em férias coletivas a partir do dia vinte, até dias três de janeiro. Ótimo dia para começar a trabalhar: 3.

Dois meses atrás eu pensei que – caso o – plano desse certo, eu teria que me virar em conseguir dias de folga. A mais. Lindo, agora eu tenho duas semanas de férias e nenhum plano. Essa é a vida, não? Constante mudança e acho que ela faz isso de propósito: Você não pode programar NADA. Minha Lua em Virgem é contra.

Não dá pra planejar sua vida. Um ano atrás eu planejei começar e terminar meu curso de Editor Gráfico no SENAC. É. Eu nem me inscrevi, só para vocês terem noção, acabei é na Unidavi, fazendo tecnólogo de Design Gráfico. Minas? UEMG? Isso nem fazia parte dos meus planos, em 2009! Será que consigo começar 2011 sem planejamentos? Difícil, já estou aqui me desesperando por não ter noção do que 2011 espera de mim: Quer que eu vá para Minas? Quer que eu fique? Quer que eu encontre alguém no caminho? Ou deixe para trás de vez? 2011, o que você quer de mim?

Eu não vivo sem planejamento, todo mês de dezembro eu costumo fazer o Planejamento Mensal de TODO O ANO seguinte. Esse ano? Não pude fazer ainda, pois não sei onde estarei daqui exatos três meses. Vêem isso? Em três meses eu posso ter mudado de estado, ou posso estar voltando a patinar. Quem sabe?

domingo, 12 de dezembro de 2010

O que vou querer agora?

Sou uma típica sagitariana. E por típica, entenda que eu quero tudo que está longe, fora do meu alcance. Tento. Tento. Tento. E quando consigo: Perde a graça. E foi mais ou menos esse sentimento que se apossou de mim quando pisei em Belo Horizonte: “OK, cheguei até aqui. O que vou querer agora?” É complicado, nem consigo explicar bem. Enfim, fiz a prova entediada. Acreditam? Li a primeira das cinqüenta e quatro perguntas e pensei: Certo, vamos terminar logo com isso. Bom, pelo menos nervosismo não existe comigo. Tem seu lado bom.

A questão é que as pessoas não me acompanham, não entendem essa minha lógica de ver a vida, elas ainda estão falando de algo quando eu já estou visualizando outra coisa. Preciso disso, entende? Preciso estar querendo sempre algo, é o que me move. Belo Horizonte passou. Eu fui, eu prestei o vestibular. Acabou. “Ah, e se você passar?” Bom, ISSO eu decido quando eu tiver o resultado, porque ele já não depende mais de mim. Eu fiz minha parte, agora é esperar. Então quando me perguntam, agora a resposta é: Não sei.

Eu realmente não sei. Não sei se vou realmente – devo ir, acredito – mas nem sei se passei ou não, então porquê tentar responder uma hipótese? Essa resposta tem que ser baseada em fato. Algo que ainda não tenho em mãos. Mas se querem saber, acredito que se eu for, irei pelos motivos errados. É que esse motivo – um em especial – me impulsiona, acho que ele me impulsionou desde o começo disso tudo. Belo Horizonte não foi tão aleatório assim. Não, não foi. E adivinhem? Esse motivo está fora do meu alcance, vou sempre desejá-lo, é tão óbvio.

Enfim, a viagem foi ótima. Tive minhas crises, perdi o caminho, o foco, simplesmente não sabia o que estava fazendo lá, mas: Foi ótima. E agora quero uma assim todo ano, deveria ser direito de todo ser humano, dica.

É engraçado que quero tanto escrever sobre isso, mas não consigo. Estou aqui tentando falar de algo que já passou, enquanto que minha mente está focada naquilo que não passa. Damn, porque você tem que ser tão idiota? Estou cansada e só isso que consigo pensar: Porque, diabos, você tem que ser assim idiota?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Foco em VIVER

E então, depois de tanta luta, choros, birra e bem – tive até que bater o pé para me impor – hoje é dia 03 de dezembro, e amanhã parto para Minas Gerais, tentando realizar aquilo que planejei desde maio. Foram sete meses intensos. Completei um semestre de Design Gráfico, larguei a Unidavi, me inscrevi no cursinho semi-intensivo do Energia, fiz dois meses, larguei também. Perdi o foco. Minas? Ah não... Até que fui sacudida pela vida e cá estou, FOCO, Carolina, foco.

Acabei de ler o texto da Mari, do Mari Just, e me senti nele, sabe? Eu ainda nem fiz o vestibular e já tem gente dizendo que não devo ir, que é perigoso, que é loucura... e eu? Terei que ficar por aqui, desejando estar mais longe? Ainda bem que aprendi a praticar o exercício do ‘respirar fundo’ e bola pra frente. A vida anda, e passou tão rápido que amanhã, nessa hora, estarei com Bells e Jú, esperando a chegada da Lety, em Belo Horizonte.

Precisamos viver, sabe? Ir atrás do que queremos, mesmo que não dê certo, tudo bem: comece de novo. Comece de outra forma. Recomece. Aprenda. Cresça. A casa dos pais é ótima, cidade natal, então? ‘Tá em casa, né? Mas se você quer mais: Vá. Acho que os tombos são necessários e quebrar a cara faz a gente amadurecer. Não tenho a mínima noção do que vai acontecer em Belo Horizonte, mas e daí? Pelo menos eu fui até o final – pensei em desistir pelo caminho, confesso, mas Algo Maior me fez seguir em frente.

De maio para cá aprendi tanta coisa, posso realmente dizer que 2010 foi o ano de Carolina amadurecer, deixar o orgulho, a infantilidade de lado e olhar para o Mundo e para as pessoas de verdade. Cresci. Espero ter subido um degrauzinho na Evolução, mas se caso não, pelo menos tenho certeza que estou olhando para o Alto.

E se eu passar? Largo o meu recém cargo público conquistado e viro mineira. Quebro a cara, passo fome, volto se for necessário – a casa dos pais sempre é ‘nossa’, não é mesmo? – mas fui. Me ralei, perdi tudo e terei que começar de novo? Não faz mal. Mas quem disse que eu não posso ir, me machucar e ainda assim, continuar? E acabar descobrindo que lá é mesmo meu lugar? Será que essa possibilidade é tão remota assim?

Hoje me falaram: “Então vais mesmo? Que coragem, Carol.” Coragem? Estou apenas vivendo. VIVER. Não apenas levantar da cama e respirar, todos os dias. Não é isso que quero pra mim, será que isso tudo é ilusão? Talvez eu ainda seja criança o suficiente para acreditar. E sinceramente? Espero continuar sendo sempre assim. Eu acredito, e por acreditar, sei que é possível.

Hoje me deparei com um trecho de Eduardo R. Zancolli, e parece que ele pode resumir como foram os meus últimos sete meses.

“Tudo aconteceu como se uma força exterior muito poderosa tivesse organizado acontecimentos externos “especiais” para produzir as respostas demandadas pela minha alma.

Se não mudasse minha atitude, nada aconteceria, já que os acontecimentos não podiam continuar fluindo.

Olhando para trás, parecia que mudar de atitude era condição indispensável para continuar avançando. Cada passo tem sua lição, e quando ela não é aprendida é impossível continuar avançando. Como se tudo acontecesse dentro de um jogo de dados.

Se estamos verdadeiramente comprometidos com a realização do nosso sonho, descobriremos que existe uma força poderosa que está além de nós e de nossa vontade consciente, uma força que nos ajuda no caminho, alimentando nossa busca e transformação.”

Obrigada a todos que estiveram comigo nessa caminhada, por escutarem meus planos, paranóias, acreditarem em mim. Dia 12 eu volto, e com muitas histórias para contar.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

E então, Carolina, quando você vai aprender?

Não entendo as pessoas, não entendo esse tráfego na vida da gente. Elas passam, ficam, vão embora, voltam, ficam mais um pouco, se despedem novamente e assim a vida vai passando. Acontece que eu queria alguém que ficasse ou bem, que se fosse embora: Fosse de vez. É dolorido? Com certeza, mas a vida te anestesia depois de um certo tempo, então você se cura e acaba encontrando outras pessoas no caminho, deixando aquela dorzinha incômoda que nunca cessa, de lado. Mas dói uma vez só e pronto. Você não precisa ir lá mexer na dorzinha volta e meia, certo? Deixa ela ali, quietinha, como uma ‘fera’ adormecida.

Mas não, as pessoas vão e voltam. Claro que a felicidade da volta é gratificante, como se o tempo não tivesse passado, nada tivesse acontecido. Dor? Que dor? Ele está aqui agora, quem lembra de dor? Aaaah, você vai lembrar. Voltas assim, sempre são seguidas de novas despedidas e sinto lhe informar que vai doer. Sabe a felicidade que você sentiu pela volta, como se nunca tivesse ido? A dor também é assim, você a sente tão terrivelmente quanto a primeira vez, como se nunca tivesse sentido.

E assim vai. Você sente, sente, sente. Ela adormece. Outras pessoas aparecem, você a deixa quietinha. Até que, bom... Não é que ele insiste em voltar? Felicidade, felicidade, felicidade e.... Ah não, de novo? Adoramos cutucar a fera adormecida, ‘tô pra ver. Jeito masoquista de levar a vida.

Tudo bem, eu tenho a minha parcela de culpa – talvez eu seja totalmente culpada, até admito – em trazê-lo de volta, mas não adianta, sabe? A cada dor sentida prometo que será a última ‘e dessa vez é pra valer’, até que a dor adormece, você se esquece como era – maldita anestesia sentimental – e vai lá, trouxa, tráz de volta. E sofre de novo. EEEEEEE, vida.

E nunca vai mudar, certo? OK, nunca é forte demais, mas eu digo que é pouco provável que mude. Eu simplesmente não sei o que acontece, o que há entre esses dois seres – sendo eu um deles, me entenda – que isso não acaba nunca. Ninguém nunca vai entender, a gente até tenta, mas certeza? Esse é o tipo de história que parece novela “Idas e vindas do Amor”, HAHA. Tanto que a cada partida você meio que fica esperando a ‘nova volta’, porque você sabe que mais uma vez não acabou, o típico clichê: ‘pontos finais que viram reticências’.

Mas OK, foco na UEMG, na minha semana em Belo Horizonte, e vamos ver o que vai acontecer dessa vez, certo? (...)

Pais e filhos

Quando me surgiu a vontade de ressuscitar um blog, hoje pela manhã, obviamente que o primeiro tema que me veio a mente foi ‘mudanças’, cá entre nós, este é o tema do meu 2010, e então eu me acho no direito de escrever sobre, mais do que escrever sobre qualquer outra coisa. Acontece que ao chegar em casa, vejo meu pai – típico ariano – furioso com meu irmão – outro ariano, típico – e resolvi que mudaria de tema.

Passei grande parte dos meus recém completos vinte e dois anos, não querendo ser mãe. Não sei, apenas não me agradava a idéia, talvez por ser filha caçula, não ter contato o suficiente, não importa: Eu não queria ser mãe. Lembro que cheguei a pensar, certa vez, de que se houvesse algum problema comigo e eu não pudesse ter filhos, que eu não me importaria. Tola adolescência, sim? Ah, adolescentes, se achando os donos da verdade, mal sabem eles que a vida não é assim, tão simples.

Demorei para descobrir que sou uma mãe nata, nasci pra ser mãe, e queira Deus que nada de errado haja comigo sobre esse modo, mas se caso houver, depois de me importar muito, uma fila de espera por adoção me aguarda. É a vida: A gente tem que dar um jeito.

Mas bem, estou fugindo muito do tema central. Voltando ao ponto, quando entrei em casa e vi meus pais comentando sobre negócios mal feitos por meus irmãos – pais têm memória de elefante: lembram cada coisinha que os filhos fizeram de errado – eu pensei: Porquê? Porquê se incomodar com algo que não cabe a eles se preocupar? Bem, são pais e quando ‘a água bate na bunda’ à quem nós, filhos, recorremos? Entendi a preocupação.

Esse ano, devido a meus novos planos, tentei me colocar muito no lugar dos meus pais. Acontece que por mais que eu possa presumir como será amar um filho, não tenho como ter a noção exata, e sou criança querendo saber como agir com suas próprias crianças, isso complica. Enfim: Passei a filtrar o que me convinha, aquela parte da educação que recebi e que eu queria que perdurasse pra geração que colocarei no mundo, tirando o que eu – na minha visão de criança-filha – acho que não convém.

Acontece que somos pessoas diferentes, todos nós. Por mais que eu queira parcialmente educar meus filhos do modo que meus pais me educaram, com certeza errarei muito no caminho e acertarei outros tantos: Não tenho como saber. Meus pais provavelmente fizeram essa mesma filtragem nos seus pais, para ter a base da educação dos cinco filhos. As coisas mudam muito, não é?

Colocamos em datas: Meus pais filtraram a educação que seus pais, nas décadas de 50, 60 e 70, deram para eles, adaptaram para educar seus filhos, nas décadas seguintes – e continuam tentando. Digamos que – hipoteticamente – eu tenha meus filhos nessa década, e tento educá-los com a filtragem que fiz da educação de meus pais nas décadas de 80, 90 e agora 2000, 2010. Os tempos mudam. Para meus filhos o mundo será tão diferente do mundo que meus pais foram criados, que qualquer resquício da educação que receberam, vai ser perdida por não se encaixar.

Tento me visualizar escutando o momento que um filho me diz: “Mãe, quero ir embora.” Possivelmente eu lembrarei ele de todos os erros e maus julgamentos que já fez da vida – típico de pais, tenho percebido – mas espero que além disso, eu não esteja tão iludida no agora, e possa lá na frente dizer: “Vá! Viva. Se precisar, volte. O mundo está aí, gigante a sua espera: devore-o e depois corra para o abraço.”

Talvez eu erre tanto, e mude tanto que isso não aconteça, mas torço para lembrar: “Pais criam filhos para o mundo.” Daqui algumas décadas, eu volto a escrever sobre o assunto.


Para finalizar o tema, deixo aqui uma carta que fiz para meus pais, meses atrás:

"Acho que a vida nos dá inúmeros caminhos, mas existe um que seria o ‘nosso’ caminho, aquele em que a chegada é essencial. Pegamos atalhos. Paralisamos no meio de um passo. Voltamos atrás. Damos voltas… Mas em alguma hora, voltamos exatamente para aquele caminho, talvez mesmo sem perceber. Temos essa vida inteira pela frente, e um caminho a seguir.

Acredito que deva ser assustador quando os filhos começam a cursar seu próprio caminho, parece que eles não vão conseguir, não é? Como pode ser possível que andem sem estar sob seus olhos? Eu sei que a vontade que consigam existe, e que realmente acreditam nisso, mas apenas querem poder mantê-los por perto o máximo do tempo possível, sem precisar enfrentar essa vida que bate a porta e esse Mundo que a cada dia parece mais monstruoso.

Mas acreditem em mim: Eu entendo. Só que quando a vida bate a porta, quando a gente cresce, queremos viver. Achamos que o Mundo, esse monstro que vocês veem, não é tão monstruoso assim e que pode ser facilmente domado. Somos tolos? Talvez… Mas pai… mãe… Precisamos cair nossos tombos, ralar os joelhos, sangrar um pouco, para amadurecermos, sim? A vida nos quer maduros, e para isso existe esse mundo todo aí, pronto para nos fazer tropeçar. O que talvez vocês tem esquecido, é que vocês me ensinarem a me levantar todas as vezes. E eu aprendi bem.

Então… Eu sei que ainda vamos discutir muito sobre isso, muita coisa será dita, talvez até palavras que nos magoem, mas antes de tudo isso que está por vir, preciso que lembrem: Eu herdei sua teimosia, meu pai. E mãe, herdei seu orgulho. Quando olharem para mim, me vendo querer fazer as malas e ir, lembrem-se disso: Eu sou parte de vocês.

E nós temos o melhor, lembram? Vocês tem cinco filhos, um mais diferente do outro, e talvez eu seja aquela que vá, e fique longe. Ou talvez eu vá, e volte, como fez a Ninha. Talvez mesmo nem vá, como posso saber? Mas sempre precisamos tentar, como você mesma diz, mãe: Não se corre do bicho sem ver o pêlo.

Inúmeras vezes já agradeci, dizendo que não podiam ter me colocado numa família melhor. Vocês me criaram para a vida. E agora é minha vez de dar os passos. Acreditem em mim, como acreditaram quando eu dei meus primeiros passos mesmo. Comemorem. Se orgulhem. Porque se eu cair, eu sei que posso erguer meus braços, e lá estarão vocês. Todos vocês.

Amo vocês, muito e é eterno."