Templates da Lua

sobre Carolina

"Sei que há em toda circunstância alguma espécie de dádiva que o meu coração, tantas vezes míope, não consegue enxergar bem, de longe. O tempo, aproxima as lições. A minha vida reverencia essa sabedoria. Não sei nada, na maioria das vezes não entendo nada... ... ... ... ... MAS EU TENHO FÉ."



diversos



MEMORIES


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Saturno – Nossos medos e nossos dons;

Acredito que quem passa por aqui deve saber dessa minha... fascinação pela astrologia, e tantos outros ‘mistérios’ da vida. Mas enfim, passando pelo blog do Yub, alguns dias atrás, fui dar uma lida pelos cursos que ele oferece e me deparei com o seguinte:

“Costumo perguntar para as pessoas: qual é o seu maior medo? Aquilo que mais se sente inibido(a) e receoso(a) de lidar?

Depois de ouvir as respostas, eu faço outra pergunta: qual é a sua maior ambição? Aquilo que você mais sente vontade de realizar na vida?”

Respondi as perguntas conforme fui lendo de forma espontânea, e tal qual foi minha surpresa a entender o que Yub dizia em seguida: de que as respostas eram os dois lados de uma mesma moeda.

Simplifico: Aqueles que me conhecem há algum tempo, sabem da minha vontade de cair no mundo, abandonar minha cidade natal, enfim, ser independente, morando bem longe daqui. Isso é de fato o que mais quero, aquilo que sempre quis, posso até dizer assim. Acontece que a resposta à primeira questão é exatamente a resposta que me levou a abandonar a idéia de me mudar para Belo Horizonte – conforme descrito ao lado, prestei vestibular na UEMG em dezembro do ano passado – que é a insegurança.

Meu maior temor é a insegurança. Simplesmente não consigo me ver abandonando tudo o que tenho aqui – lê-se: um emprego estável, passei no Concurso Público ano passado e assumi meu cargo em dezembro – e partindo para uma nova vida que eu não teria a mínima noção de como seria. É nesse momento que começo a rir, porque ao mesmo tempo que não me vejo abandonando tudo e indo viver aquela vida, é bem isso que mais quero e desejo. Claro que quem acompanha o blog sabe que antes de eu prestar vestibular – mesmo já sabendo ter passado no Concurso Público – eu estava decidida a arriscar, mas sou obrigada a admitir que eu sempre desejo muito as coisas antes de alcançá-las, mas quando as consigo, elas já não parecem mais tão... tentadoras.

Resumindo: Meu maior desejo é deixar essa cidade para trás, mas meu maior temor também é esse. Algo me diz que estou ferrada, não?

Mas sei também – e já analisei essa resposta muitas vezes, conversando comigo mesma e descobrindo que ela é realmente verdadeira – que eu não arrisco ir para BH por causa da estabilidade financeira que tenho aqui. Não que meu salário nesse novo cargo seja tão grande assim, mas simplesmente por eu ter um salário: Estou segura que terei um pagamento em minha conta todo mês, coisa que eu não tinha idéia de quando/e como iria acontecer em Belo Horizonte. Já disse várias vezes para a , que eu não consigo me imaginar pedindo demissão de um emprego estável, sem ter a segurança de que terei outro logo em seguida. É aquela coisa: Não solte de um cipó, sem já ter agarrado outro.

Bom, é aí que entra o Curso: Saturno – Nossos medos e nossos dons imagina se eu não iria fazer o curso, hein? – Na primeira aula, Yub escreveu o seguinte: 

Em outras palavras, considero fundamental no início de nossa dinâmica saturnina averiguarmos, lembrarmos, rememorarmos, até que ponto as experiências que seus pais tiveram (ou ainda têm, caso estejam vivos) puderam e/ou podem ter provocado efeitos estruturais sobre a sua postura atual de lidar com aquilo que Saturno tende a representar, simbolizar, significar pra você.”

É aí que entra meu Saturno em Capricórnio na Casa I e as questões que Yub me fez na primeira aula sobre como meus pais lidam com o desconhecido, com o novo, o inesperado, os novos projetos. Se sentem receio de se expor, de se mostrar e de se auto-afirmar.

Bom, eu não diria exatamente que eles possuem esse tipo de receio, quero dizer: não de forma espontânea, mas acontece que a maioria dos ‘novos projetos’ que tentaram na vida – e acreditem, já tentaram de tudo – não deram certo. Então com a idade eles realmente desenvolveram um certo ‘pé atrás’, por medo de dar errado e perder tudo novamente, e ter que começar do zero. Então agora eles preferem viver a estabilidade que conseguiram, com medo de dar um passo em falso, digamos assim. Na verdade, pensando bem, acho que seria algo assim: Meu pai quer arriscar, tentar a sorte, mas minha mãe é o ‘freio’, ela prefere garantir o que já possui. É feio dizer que meu pai quer, mas minha mãe não deixa ele fazer, né? HAHA, mas é mais ou menos por aí.


E também como lidam com as figuras de autoridade, aquelas pessoas que tem um certo ‘reconhecimento’ social e/ou profissional. E principalmente: COMO encaram o trabalho.

A parte das figuras de autoridade eu não consegui definir muito bem, quero dizer: Meus pais encaram isso de forma diferente. Enquanto meu pai não se importa com o ‘status’ social de ninguém, minha mãe gostaria de ter certo status. É meio complicado me expressar, mas colocamos assim: todos os meus tios – irmãos da minha mãe – possuem certa riqueza, enquanto que ela – nossa família – é mais pobre, digamos assim. Sei que ela se ressente por isso, mas não chega a ser inveja, é mais uma forma de questionamento ‘porque eles têm, e eu não?’ então ela reflete isso em nós – os filhos – quando conquistamos algo ou somos reconhecidos por algo em nossos trabalhos ela se orgulha muito disso. Compliquei?

Quanto a parte de como eles encaram o trabalho, posso dizer que cresci – e entenda ao pé da letra - ouvindo meus pais – principalmente minha mãe – falando da importância de  trabalhar, na minha infância eu já sabia que assim que completasse dezesseis anos eu precisava arrumar um emprego. E claro que foi assim, completei dezesseis anos em dezembro de 2004 e em janeiro de 2005 eu já estava trabalhando, porque eu sabia que era isso que esperavam de mim. Então eles dão realmente muita importância a isso, um filho que não trabalhasse, ou que mudasse muito de emprego, seria de certa forma uma decepção para eles.

Bom, não sei se ficou claro para quem está de fora, acho que você precisa entender’ ‘saber’ ‘viveraquilo para poder ligar os fatos. Às vezes as coisas estão diante de nós, mas simplesmente não conseguimos - ou não queremos? - enxergar, só que isso faz com que nos afastamos do que realmente somos e acabamos perdendo a chance de conhecer aquela pessoa com quem sempre poderemos contar: nós mesmos.


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A vida não erra.


Depois de um tempo – não diria idade, pois acho que não importa a idade, o tempo é outro, o desenvolvimento pessoal é outro, não pode ser contado em anos – você meio que entende que a vida não erra.

É, bem isso: A vida não erra. Sempre acreditei em destino, e se uma parte de mim acredita que não importa como, eu vou parar exatamente onde devo parar, outra parte acredita – também – que o primeiro passo depende de mim. A gente quer que a vida nos leve, mas estamos tão parados, tão desnorteados. Nos leve para onde? Ah, não sei qual é o meu Destino.

Eu entendo. E acredito que temos que dar o primeiro passo ‘o que não dá é para ficar parado’, como o nome do meu álbum de fotos da minha primeira viagem de verdade.

Acontece que estou naquela fase que não sei que direção seguir. Dou um passo para qual caminho? Não faço a mínima idéia. Quero ir para aquele lado, mas algo me prende ‘não é a hora’, OK. Não é a hora. Mas o que vou ficar fazendo até chegar a hora? E se eu tiver compreendendo tudo errado? Daí ferrou. É, ferrou.

Mas como tem aquela parte de mim que acredita que se você não anda, a vida te empurra, estou meio... acomodada. Pelo menos por esse ano, ok? Acho que passei todos os meus anos planejando o que eu iria fazer no futuro: “Quando eu sair de casa eu vou ser feliz. Quando eu passar no vestibular eu vou sair de casa. Quando eu me mudar eu vou...”

Meu Deus, Carolina! E o presente, como fica? Conversei com a Jú semanas atrás, e comentei isso: É o mal do sagitariano, e a gente se apega a isso: Queremos o que está láááááá. Sem perceber que quando chegarmos lá, os problemas que estamos ‘evitando’ de encarar aqui, estarão lá também. Nos acompanharão até estarem resolvidos.

Então, nesse 2011 não darei nenhum passo – e às vezes me parece que isso me fará ir tão longe quanto nunca fui – ficarei aqui, vivendo o que a vida me trouxer. Sem planejar nada – exceto duas viagens. Estarei aqui, comigo, vivendo nessa cidade. Vivendo o momento nessa cidade, porque se eu não gosto de viver aqui, será diferente quando eu morar em outro estado? Talvez nas primeiras semanas, e depois tudo volta a ser como aqui. Ou não.

É mesmo, não tenho como prever. Mas como diz minha mãe: ‘seguro morreu de velho’ e acho que preciso me curar aqui, para dar o próximo passo. E eu nem tenho grandes problemas não – não, não estou em fase de negação – meu único problema é viver esperando pelo futuro. E ele nunca chega, é óbvio.

Hora de viver o presente, Carolina.
Em 2011, eu vou viver comigo, o meu presente.
O que eu vou viver? Não faço a mínima idéia, mas estamos aí para ver.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

e blá blá blá.


Nós, humanos, somos incríveis. Ontem aconteceu algo comigo. Ou já vem acontecendo faz tempo, mas não havia chegado ao meu consciente, quem sabe? Mas enfim, quando alguma coisa desse tipo acontece, o que você faz? Não conta para (quase) ninguém. O que é bem engraçado, porque antes de acontecer você pensa em como seria legal isso, e blá blá blá.

É legal, claro. Só que antes de acontecer, esquecemos de pensar que também pode ser assustador. Pensar em como seria é diferente de viver aquilo. De ser.  

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Se perdem, simples assim.


Uma coisa que nunca consegui aceitar – e acho que é a opinião da grande maioria – é o fato das pessoas se perderem. Se perdem, simples assim. Não é estranho que aquela pessoa que fez parte da sua vida – nem que por apenas alguns dias, semanas, meses – de repente se vai e não se falam mais? Eu sei que algumas atitudes nos afastam, eu – melhor do que muito gente – sei disso, e até faço isso por conta própria, muitas vezes. Mas nunca vou cansar de falar sobre minha tristeza com o fato.

Temos tantos caminhos pela vida, tantos para seguir, tantos para deixar para trás, e entendo que não dá para levar todo mundo junto, que alguns ficam sim para trás, e que, bem... ‘foi melhor assim’, entendo todos os motivos, mas não aceito. Daí, em dias como o de hoje me pego pensando: Você não sente falta? Das conversas, das risadas (...) Como pode não sentir falta? E nem falo de sentimento, porque sentimento acontece, passa, volta, passa, se vai. Sentimento é outra coisa, não tem nada a ver com a história.

Eu falo é da presença, é das lembranças, e sim, temos que ter outras pessoas, outros amigos, e ir preenchendo o que vai sendo deixado para trás, mas sou eu, certo? Nunca vou deixar de lembrar e nem de ficar triste pelo fato. E me pego pensando que de todos, você é o que eu não queria me perder, e é a escolha mais aleatória, não?

O tempo não volta.
Mas lamento por tudo.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

E agora?

O impossível sempre me encantou, sempre me motivou a torná-lo possível, não sei, talvez seja a Alma sagitariana em busca daquilo que não pode ter. Mas e quando você consegue, Centauro? Porque você sempre consegue. Bom, correção: 

Sagitário chega até a vislumbrar a linha de chegada, mas ele pára metros antes de alcançá-la. Ele simplesmente sabe que pode dar mais alguns passos e chegar até ela, e essa certeza, o desmotiva.

Isso me incomoda, porque parece que sempre estou indo em direção de um caminho, para nunca chegar realmente ao fim dele. Afinal: Porque andar mais uns passos nesse caminho e finalizá-lo, se posso pegar esse atalho aqui, que me levará a um caminho totalmente novo? Esse é o raciocínio do Centauro. Depois de vinte e dois anos, eu começo a me incomodar com isso.

Vou ser mais clara: Belo Horizonte é possível, tão possível que simplesmente me desmotivou. Eu ainda quero ir embora, eu ainda quero entrar pra ED, mas é como se uma mão invisível estivesse me segurando, enquanto sussurra: Calma, ainda não é a hora.

Sol e Ascendente em Sagitário me torna uma otimista nata, mas a Lua em Virgem gosta de manter os pés no chão, e de repente começo a ver toda a mudança com um olhar mais... realista. Medo, será? Quem sabe. De repente me vejo querendo aproveitar um pouco mais o que tenho aqui, para ter um pouco mais de segurança depois.

SE-GU-RAN-ÇA. Essa é a palavra chave. Não me sinto segura para ir, para abandonar meu novo salário! Poxa, é doído isso, HAHAHA. Mas ainda fica aquela dúvida: Carolina, você vai se arrepender amargamente cada vez que acontecer algo que te desanime, nesse 2011. Pode ser. Tenho certeza que me arrependeria se estivesse lá, também.

A questão é que eu sempre posso ir embora, OK, pelo certo eu sempre posso voltar também, mas não é sempre que você consegue passar num Concurso Público sem muito esforço, sabe? Me deixa aproveitar esse ano, Consciência.


Ps.: Hoje é dia do Astrólogo! Como eu disse para Daila: O que seria da minha vida, sem eles?!