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sobre Carolina

"Sei que há em toda circunstância alguma espécie de dádiva que o meu coração, tantas vezes míope, não consegue enxergar bem, de longe. O tempo, aproxima as lições. A minha vida reverencia essa sabedoria. Não sei nada, na maioria das vezes não entendo nada... ... ... ... ... MAS EU TENHO FÉ."



diversos



MEMORIES


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Possibilidades da vida;

Ontem a noite, deitada na cama, pensei em algum post para o blog – coisa que tenho feito todas as noites, acontece que me esqueço ao acordar. Dica para 2011: Levar meu bloco de anotações para a cama. Enfim, comecei a pensar nas vidas que temos.

Sim, vidas. Temos várias vidas dentro de uma vida – por assim dizer, a que vivemos – e pensei como seria se todas as possibilidades que nos surgem dessem certo? Como seria se você namorasse, noivasse e casasse com o primeiro cara que gostou de verdade? Aqui, cheguei a conclusão de que se essa possibilidade tivesse dado certo, eu teria perdido grande parte da minha juventude. Não sei porquê, mas pensei que hoje seria amargurada. Quem sabe?

Continuando: Como seria minha vida, se por acaso eu tivesse cedido as vontades de meu pai, de não fazer minha cirurgia nos olhos? Isso é tão complicado de imaginar, que nem sei como eu estaria agora. Então prefiro pensar que de qualquer forma, eu teria feito – como fiz, EEEE. Depois, segundo, terceiro cara que gostei de verdade. Bom, não teria dado certo com o segundo, e o terceiro? Sabe aquela possibilidade que parece que nunca se vai, realmente? Que dá voltas e voltas, como se... Deixa pra lá. O terceiro cara é uma incógnita.

Depois o quarto, que foi mais um encontro espiritual do que físico – bom, nada de encontro físico, na verdade, mas foi intenso. Dois meses intensos. Espiritual. Eu tenho certeza que teria dado certo, como se já tivesse dado certo muito antes, sabe? Mas dessa vez não é pra ser dessa forma, então continuamos em frente.

A questão é que tenho pensado nessas possibilidades de vida, por causa de Minas Gerais. Eu sei que vou, carrego isso dentro de mim, e não me perguntem como sei – mas também sei que vou querer dar meia volta assim que pisar em solo mineiro, outra vez. Ficarei com medo, é fato. Cerca de 1370km longe de casa, longe da cidade que sempre gritei aos quatro ventos que detestava, mas que... Bem, é minha cidade. Eu também sou parte dela.

Acontece que eu levarei daqui um pouco de tudo. Essas possibilidades de vida, os ‘sim’ que eu não dei, os ‘não’ que quis dar e não consegui, os sorrisos que roubaram de mim, assim como as lágrimas... Tudo isso levo comigo, assim como todas essas vidas que me pertencem. Sou uma, mas dentro de mim existem tantas Carolinas, e é a união delas que me torna o que sou. A que quer ir, a que quer ficar. A que vai. E acho que é à isso que tenho que me agarrar agora, nas possibilidades, em todas as que já passaram por mim e descartei em algum momento, porque não me convinham.

É isso, sabe? No final das contas, o futuro já foi decidido muito antes de você se lembrar de quem é, agora é só saber escolher.

Tenho medo de escolher a opção errada.
Mas me diga: Quem não tem?

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